Problemas que uma equipe de testes pode enfrentar no início da implantação da metodologia ágil - Scrum


No Scrum, todos da equipe são responsáveis por uma Sprint. Será? O que acontece quando a equipe de testes é chutada para fora da equipe? O que acontece se a equipe de desenvolvimento achar que testes não é necessário dentro da Sprint "deles", considerando-os como uma "Sprint paralela" ao desenvolvimento? Eu vivi isso e vou te contar neste post.


Toda mudança possui vários altos e baixos, e passamos por basicamente 4 estágios:
- 1º você rejeita
- 2º você tenta um boicote à mudança
- 3º você aceita
- 4º você coopera com a mudança

Quando começou a implantação da metodologia ágil, no meu local de trabalho, não foi diferente. Mas eu, como parte da equipe de teste, via algumas interpretações corretas e outras absurdas da metodologia. Contextualizando a ordem dos fatos:
  • A empresa sentiu necessidades de mudança, pois viu que outras empresas levam metade do tempo para fazer grandes entregas (possivelmente com um grande incentivo do novo diretor de desenvolvimento);
  • Começou um projeto piloto para implantação da metodologia;
  • Adquiriram ferramentas específicas para auxiliar no gerenciamento de Sprints;
  • Liberaram um documento com a política de funcionamento do processo ágil na empresa (mais parecia um cópia e cola de um site cheio de erros de português e loops no processo);
  • Começou uma onda de mudanças, onde algumas equipes foram avisadas que a partir de X data poderiam migrar seus projetos para a ferramenta e trabalhar com o processo em ágil.

Se vocês ficarem bem atentos, verão várias inconsistências:
  • A empresa acreditou que as pessoas chaves do projeto sabiam como funciona a metodologia ágil e um simples documento seria o bastante para aplicar ágil nos projetos;
  • Migrar projetos do modo cascata pro ágil? Sem coordenação ou acompanhamento de um gerente de projetos?
  • Fizeram do trabalho de faculdade de alguém um documentos de processo de funcionamento ágil? É isso mesmo?

Enfim, o problema estava claro pra toda a equipe de testes que teve de se adaptar. A adaptação não é um problema! A equipe de testes geralmente é bastante flexível, pois estamos acostumados com mudanças no processo de trabalho e mudanças de projetos de trabalho. O problema é que nem todos os analistas de testes/testadores dos produtos sabiam como se impor e alguns projetos viraram um caos.

No modo tradicional de desenvolvimento, o cascata, as equipes eram acostumadas a iniciar testes só depois que a implementação está pronta. Na metodologia ágil isso deixa de existir. A equipe de testes está testando partes antes de estarem concluídas, está dando ideias de situações que os programadores devem prever durante a implementação, pois a equipe de testes conhece o negócio e antecipa a ação que o cliente usará.

Eu vi uma equipe criar Sprints sem atividade de testes. Os testadores estavam num tipo de "sprint paralela" e atrasada do projeto. Você não leu errado, o sentimento era de total descaso com testes! Assim que a equipe de desenvolvimento acabava toda a implementação envolvida de uma Story, a mesma era encerrada. A Sprint acabava e uma nova Sprint era planejada! E testes? Os testadores precisavam buscar no "limbo do projeto" as Storys encerradas para então fazer um teste integrado. Não recebiam nenhum alerta de encerramento da Story e um controle paralelo era necessário. O desenvolvimento levando os créditos de que a Sprint foi um sucesso, encerrada no tempo planejado. SEM TESTES é só um detalhe? Ao meu ver, a Sprint só é um sucesso quando a equipe de testes dá seu aval de "Testes OK".

Isso parece um belo boicote à mudança. Jeff Sutherland, do livro "Scrum - a arte de fazer o dobro de trabalho em metade do tempo", disse que todos na equipe deveriam ser responsáveis pelas Sprints. Eu via que isso não estava acontecendo naquela equipe. O desenvolvimento não sentia que testes deveriam fazer parte da equipe. Para piorar, a pessoa que deveria apoiar e coordenar os trabalhos em testes ouviu todo esse problema e ficou por isso mesmo.

Recebi um retorno da não conformidade que abri, dizendo que era uma situação grave e deveria ser combatida. Quando a bagunça da equipe em questão acabar eu apresento a solução aqui no blog. Vale lembrar que esta é a única equipe que vi deixar testes de lado enquanto usavam metodologia ágil (não, eles não tem testes unitários para garantir coisa alguma). Mais alguém está achando que a metodologia usada por essa equipe mais parece GO HORSE?

Resumo da história: O pessoal de testes precisa se impor. Precisam mostrar que testes é importante sim dentro da Sprint e brigar por isso. O modo tradicional de testes, de testar somente quando a entrega já está pronta, não funciona na metodologia ágil. Testes unitários não garantem integração de produtos. Os testes de integração DEVEM entrar na Sprint! Cadê a responsabilidade da equipe toda em fazer uma entrega rápida e sem impactos para clientes?

O ano dos 5 Cs - vulgo 4 Cs


Se você é um pouco interessado no mundo dos negócios, sabe que este ano será difícil como 2015


também foi. Se os próprios empresários dizem isso, quem é um mero trabalhador para contradizer, certo? Certo, só olhar os preços no mercado pra ver que o salário está cada vez mais curto a cada compra mensal.

Pra driblar a crise, os executivos estão comentando em 5 Cs: controle de custos, cultura, compliance e criatividade. Sinceramente eu acho "controle de custos" como sendo 1 "C" só, mas OK. Vamos Aos "C"s:

O controle de custos todo mundo vê: as embalagens dos produtos mudam, as capas das revistas ficam mais vagabundas, a quantidade de salgadinho num pacote diminui, o peso da barra de chocolate diminui mas não o preço, a quantidade de cópias na impressora passa a ter um limite semanal, etc..

A cultura organizacional diz respeito a um dos motivos que fazem a empresa diferente das demais. São os valores, crenças e rituais que uma organização específica tem. Olhando assim parece algo abstrato como "a imagem que a empresa quer passar para o mercado", mas é muito mais que isso. Eu amo esse ponto de visto perante os olhos de um colaborador, pois cria uma diferenciação que faz com que aquele colaborador goste de trabalhar numa certa organização. Exemplo: empresas de TI que comemoram o dia da toalha com eventos diferentes, empresas de produtos infantis que comemoram o dia das crianças com o trabalho com fantasias, etc.. As vezes chega a parecer até uma causa social de tão bem ambientada que essa cultura está, mas esta é uma discussão pra outra hora.

O termo compliance, para que não sabe, tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra. Parece contraditório possuir cultura organizacional, compliance e criatividade juntos. Se você teve esse sentimento de contradição é por que sua visão de "seguir uma regra" te remete à amarras e leis que te prendem e não à liberdade de criatividade dentro de muros pré estabelecidos que não te sufocam. São regras sim, mas que não sufocam.

Agora, falar em criatividade até é engraçado. Quem aqui não conhece uma empresa que possui um programa de ideias que é a maior furada? O felizardo que não conhece, um dia conhecerá. ;) A ideia principal é a mesma em praticamente todas as organizações: mostrar uma ideia de melhoria de um produto ou uma ideia de novos produtos/nichos de mercado em troca de algum prêmio (na maior parte das vezes). O fato é que algumas empresas modificam a ideia e as tornam suas. Sem ideia, sem prêmio.
Claro que o cenário contrário existe. Numa entrevista pra revista Pequenas Empresas Grandes Negócios de Dezembro de 2015, o empresário Nizan Guanaes falou muito sobre a criatividade, mas ele focou muito em novos nichos numa crise. O que faz todo o sentido. A pessoa que encontra um nicho de mercado numa época de crise é criativa. Um exemplo? Agronegócio! Quantas empresas referências em agronegócio você conhece? Possivelmente nem ouviu falar que o cara do campo que trabalha com grãos, pecuária e afins precisa de sistema. É aí que entra o nicho em época de crise/redução de custos e perdas. Eu posso dizer que sou feliz em trabalhar num local que percebeu esse nicho a pouco mais de 1,5 anos antes dessa entrevista pra revista mencionada acima. Após muitas feiras de agro já conquistamos vários clientes grandes, então pude ver que isso está fazendo toda a diferença toda a vez que vejo os números do faturamento. Quem só percebeu isso agora está tentando correr atrás do prejuíso. Ainda dá tempo, mas a quantidade de Startups sendo criadas pra facilitar a vida de quem trabalha com agro é tão grande, que logo me vem a mente uma boiada imensa passando por uma porteira pequena correndo em direção à liberdade (no caso das Startups, correndo na direção do cliente).

Até o próximo post. :)

A mágica da palavra "Produtividade"

Você conhece uma pessoa que, quando faz uma atividade, faz um trabalho rápido, super bem feito, com todas as possibilidades contempladas no resultado? Então você conhece uma pessoa com o rendimento acima da média, uma pessoa produtiva.
Essa pessoa, possivelmente possui ferramentas de trabalho adequadas à sua atividade, ou conhece formas de realizar sua atividade que as demais desconhecem. Não descarto as duas possibilidades juntas. O fato é que essas pessoas são excelentes às empresas e que muitos superiores as consideram mágica e essenciais numa equipe. Um time produtivo então, é o sonho de qualquer diretor pois além de produtivos eles são engajados e, quando em sintonia, trabalham unidos.
Quando o time não é produtivo e não existe perspectiva para tal, cabe aos seus superiores proverem formas de formar um time produtivo. Dinâmicas, treinamentos, tempo, companheirismo e ferramentas adequadas fazem parte de um time produtivo.
Tenho a sorte de trabalhar num time produtivo. Apesar de não possuir liberdade de escolher as ferramentas que considero 100% adequadas, trabalho com paliativos num percentual próximo. Quando vejo a necessidade de uma nova ferramenta tenho tempo para realizar pesquisa e testes rápidos, não me delongando muito com isso. Quando finalmente encontro a ferramenta correta, a palavra "produtividade" novamente entra em ação.
Possuir a palavra "produtividade" numa conversa, e-mail ou reunião é algo mágico. Eu adoro essa palavra. É o argumento com mais chances de fazer você conquistar seu objetivo. Parece que é o gatilho que os nossos superiores precisam para ficarem alertas e prestarem atenção no que estamos mostrando. É claro que o meu ambiente ajuda, mas as vezes também tenho que recorrer a números e métricas para comprovar a produtividade da ferramenta. E isso vale para o Plano B também.

O plano B da ferramenta adequada que me proporcionará produtividade é a segunda melhor opção da minha pesquisa e teste. É aquela que não possui todos os recursos da ferramenta do Plano A e que possui um custo mais baixo. Cabe a você desenvolver sua lábia e saber usar a palavra "Produtividade".

Até o próximo post. :)

A difícil conquista de trabalhar com ferramentas adequadas em empresas de tecnologia

Existem diversas ferramentas disponíveis no mercado para serem utilizadas na execução de uma atividade. A ferramenta que garante o máximo aproveitamento será a mais adequada.
 
Quando uma empresa escolhe uma ferramenta para a execução alguma atividade, normalmente o custo dela pesa muito mais que qualquer outro critério. Muitas empresas esquecem que a ferramenta deveria ser madura o suficiente a ponto dos bugs não explodirem na tela do usuário a todo instante. Usabilidade então, é algo que praticamente nem consta na lista de critérios de decisão. Já dependência e integração sempre dá com o famoso e maldito jeitinho brasileiro. Maldito pois na próxima atualização da ferramenta vai ocorrer um bug crítico e a integração vai parar de funcionar, CERTEZA! Consequentemente, o aproveitamento é uma caixinha de surpesas.
 
Vamos a um exemplo clássico: ferramenta de leitura e envio de e-mail corporativo. Qual ferramenta para esta atividade amamos? O Microsoft Outlook, pois é gerenciável com qualquer servidor de e-mails. Agora os amantes do Linux vão me apedrejar afirmando que o Thunderbird é gratuito e faz um excelente trabalho de gerenciamento de e-mail. Concordo em partes: quando trabalhei com servidor Exchange o Thunderbird não deu conta. Precisou de Plug-in e ainda assim era bem "ruinzinho". Calendário do Exchange no Thunderbird então, melhor não comentar.
 
Não é questão de costume! É questão de produtividade! Consequentemente, facilidade e usabilidade contam muito. Não necessariamente uma ferramenta adequada é uma ferramenta paga. Se todos numa empresa utilizassem o LibreOffice e recebesse treinamento adequado para ela, todos a amariam! Tem muita ferramenta gratuita que se comporta igual à ferramenta paga (não, definitivamente não é o caso do LibreOffice caros colegas de TI). Mas aí, o problema é que normalmente essas ferramentas são gratuitas para uso pessoal e pagas para uso corporativo. O jeito é colocar as opções adequadas na balança e ver qual lado pesa mais: custo X produtividade.
 
Ainda bem que já existem empresas especializadas que fazem esse balanceamento para você. De qualquer forma, duvido muito que a empresa que não está disposta a gastar com um pacote básico de Office contrate uma consultoria. 
 
Eles deveriam pensar assim: Pacote básico do Microsoft Office X LibreOffice + Thunderbird + treinamento 
Eles pensam assim: Pacote básico do Microsoft OfficX LibreOffice + Thunderbird + Suporte técnico 
Tenho pena do povo do suporte interno que precisa ouvir uma pergunta besta como: "Não consigo formatar a página nesse Word da China. Me ajuda?". Eu já passei por isso.
 
Em outros casos, uma ferramenta de código livre e gratuita é 100% adequada ao meu trabalho. Mas aí vem o pessoal da infraestrutura de TI com o papinho de que não é homologada, então não pode usar. Ocorre muito com ferramentas onde o pessoal da infra não possui conhecimento suficiente. Em vez de solicitar apoio, eles partem pra ignorância. Ou o trabalho deles é tanto que simplesmente não existe tempo pra homologação.
 

Eu já trabalhei na infra, então não estou querendo tocar na ferida de ninguém. Acho justo a empresa se preocupar para que eu não "perca tempo com atividades não necessárias", como os testes de uma ferramenta alternativa. Se é nessa linha que a empresa quer seguir, que homologue, pois como a descrição já diz: é gratuita. Mas essa desculpa de "ferramenta não ser homologada" em empresa de tecnologia é inaceitável!

Por quê participar de um programa de aceleração de Startups?

Um grupo de pessoas, geralmente pequeno, trabalhando numa ideia inovadora cujo propósito é extrair dinheiro com o produto ou serviço criado é uma das definições possíveis para Startups. De modo geral, são empresas em fase inicial, com espírito empreendedor e em uma busca constante por metodologias inovadoras. 

O termo "Startups" está presente nos mais variados meios de comunicação sobre negócio. Não tem uma semana que o termo não aparece como manchete em alguma reportagem na Exame ou na Pequenas Empresas Grandes Negócios. Fazendo uma pesquisa rápida no Google Trends, notei que o termo ainda é bastante pesquisado mantendo a média de pesquisa desde 2008 até hoje. Infelizmente, o Brasil não consta nos 10 países que mais pesquisam o termo.  

Muitos programas de aceleração de startups foram criados aqui no Brasil desde 2014. Outros que já existiam, ganharam maior visibilidade. Esses programas geralmente são financiados por alguma empresa bastante conhecida, também chamada de "Incubadora", normalmente da área de tecnologia, em parceria com alguma consultoria especializada. Por meio desses programas as empresas fazem A SELEÇÃO.  

Como ocorre na seleção de uma vaga de emprego, a seleção de Startups passa por todo um processo de triagem pelas incubadoras. As Startups que possuem seus objetivo alinhados aos negócios de sua empresa incubadora possuem mais chances de ser uma das finalistas na seleção. A partir daí é só alegria, dedicação e vontade!  

Esses programas de aceleração são muito bacanas, pois oferecem cursos e workshops de capacitação para as Startups desenvolverem seu negócio. Além de contatos. E contato, para empresas em fase inicial, é tudo! O período de aceleração normalmente é de 1 ano. Então pense na quantidade de informação e experiência que serão transmitidos nesse 1 ano!? Com certeza é uma experiência muito boa, além de ser um meio rápido de alavancar uma ideia.

Até o próximo post. :)

Pégaso, um app para controle de suas vendas em Android (testei)

Olá Pessoal,

Para quem não sabe, ficará sabendo que sou consultora de vendas diretas da Avon e Jequiti (tenho um blog AQUI). Como toda consultora, ter controle dos seus clientes, produtos, vendas e devedores não é fácil. Fiz o controle disso tudo num bloco de notas (notepad) no celular por 2 anos, pois os App que existiam até então eram um lixo. Sim, acreditem pois testei vários até acabar com os 4 Gb de memória interna do meu bonito!

O projeto onde eu trabalhava na empresa havia chegado ao fim. Acabei indo para outro projeto testar outra solução. Foi então que conheci uma moça que agora é minha amiga. Depois de um tempo ela me contou que o noivo dela tinha criado uma Startup e me perguntou se eu não gostaria de ser beta tester do App que eles estavam criando, focando o público de consultores e representantes. Eu adorei a ideia e aceitei!

O App em questão é o Pégaso Controle de Vendas e a startup que o criou é a Zalem Software. É um App Android bem completo quando o assunto é vendas! Adorei a ideia de ser um App Offline (sem conexão com a internet). Mas se você tiver uma empresa e quiser uma integração com o seu ERP, é possível também entrando em contato com a empresa! Ele é simples e fácil de usar, até lembra um pouco a interface da Google Play.

Developer: Zalem Software
Device testado: Sony Xperia E3 e Lenovo Yoga Tablet

Rating Google Play: 5 (15 avaliações)
Instalações: 50 - 100
Categoria: Finanças
Tamanho: 3,5 Mb
Android: 4.0 ou superior
Preço: Gratuito
Funcionalidades Extras: Possui

Clique AQUI para instalar.


Avaliação BitLady:
Super recomendo!

Até mais, :D