A difícil conquista de trabalhar com ferramentas adequadas em empresas de tecnologia

Existem diversas ferramentas disponíveis no mercado para serem utilizadas na execução de uma atividade. A ferramenta que garante o máximo aproveitamento será a mais adequada.
 
Quando uma empresa escolhe uma ferramenta para a execução alguma atividade, normalmente o custo dela pesa muito mais que qualquer outro critério. Muitas empresas esquecem que a ferramenta deveria ser madura o suficiente a ponto dos bugs não explodirem na tela do usuário a todo instante. Usabilidade então, é algo que praticamente nem consta na lista de critérios de decisão. Já dependência e integração sempre dá com o famoso e maldito jeitinho brasileiro. Maldito pois na próxima atualização da ferramenta vai ocorrer um bug crítico e a integração vai parar de funcionar, CERTEZA! Consequentemente, o aproveitamento é uma caixinha de surpesas.
 
Vamos a um exemplo clássico: ferramenta de leitura e envio de e-mail corporativo. Qual ferramenta para esta atividade amamos? O Microsoft Outlook, pois é gerenciável com qualquer servidor de e-mails. Agora os amantes do Linux vão me apedrejar afirmando que o Thunderbird é gratuito e faz um excelente trabalho de gerenciamento de e-mail. Concordo em partes: quando trabalhei com servidor Exchange o Thunderbird não deu conta. Precisou de Plug-in e ainda assim era bem "ruinzinho". Calendário do Exchange no Thunderbird então, melhor não comentar.
 
Não é questão de costume! É questão de produtividade! Consequentemente, facilidade e usabilidade contam muito. Não necessariamente uma ferramenta adequada é uma ferramenta paga. Se todos numa empresa utilizassem o LibreOffice e recebesse treinamento adequado para ela, todos a amariam! Tem muita ferramenta gratuita que se comporta igual à ferramenta paga (não, definitivamente não é o caso do LibreOffice caros colegas de TI). Mas aí, o problema é que normalmente essas ferramentas são gratuitas para uso pessoal e pagas para uso corporativo. O jeito é colocar as opções adequadas na balança e ver qual lado pesa mais: custo X produtividade.
 
Ainda bem que já existem empresas especializadas que fazem esse balanceamento para você. De qualquer forma, duvido muito que a empresa que não está disposta a gastar com um pacote básico de Office contrate uma consultoria. 
 
Eles deveriam pensar assim: Pacote básico do Microsoft Office X LibreOffice + Thunderbird + treinamento 
Eles pensam assim: Pacote básico do Microsoft OfficX LibreOffice + Thunderbird + Suporte técnico 
Tenho pena do povo do suporte interno que precisa ouvir uma pergunta besta como: "Não consigo formatar a página nesse Word da China. Me ajuda?". Eu já passei por isso.
 
Em outros casos, uma ferramenta de código livre e gratuita é 100% adequada ao meu trabalho. Mas aí vem o pessoal da infraestrutura de TI com o papinho de que não é homologada, então não pode usar. Ocorre muito com ferramentas onde o pessoal da infra não possui conhecimento suficiente. Em vez de solicitar apoio, eles partem pra ignorância. Ou o trabalho deles é tanto que simplesmente não existe tempo pra homologação.
 

Eu já trabalhei na infra, então não estou querendo tocar na ferida de ninguém. Acho justo a empresa se preocupar para que eu não "perca tempo com atividades não necessárias", como os testes de uma ferramenta alternativa. Se é nessa linha que a empresa quer seguir, que homologue, pois como a descrição já diz: é gratuita. Mas essa desculpa de "ferramenta não ser homologada" em empresa de tecnologia é inaceitável!

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