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Até onde um processo bem definido garante a qualidade de um produto?


Muito se fala em melhoria de processos para desenvolvimento de software. É cada vez mais comum encontrar empresas que possuem um grupo ou setor dedicado à melhoria contínua dos seus processos. Processos estes, baseados nas melhores práticas de metodologias e modelos de mercado, praticados no mundo inteiro.


Enquanto algumas empresas possuem um setor dedicando 100% de tempo para analisar, ajustar, criar e manter processos, outras empresas possuem grupos. Esses grupos de pessoas trabalham nos mais variados setores da empresa e, normalmente, possuem uma quantidade de horas limitada por semana para se dedicar à melhoria dos processos. Tanto os grupos quanto os setores têm por objetivo fazer com que os processos sejam entendidos por todas as pessoas da empresa, sem que ocorra dupla interpretação sobre a forma de trabalhar. 

Para não haver uma interpretação errada do processo, todos os colaboradores da empresa devem ser envolvidos, pois são eles quem utilizam estes processos. Quando isso ocorre, todos se sentem parte importante da organização. Os colaboradores irão:
  • Reportar quando existe algo errado num processo existente;
  • Reportar quando uma situação não foi contemplada pelo processos;
  • Informar que uma situação nova ocorre e não existe um processo para suportar esta nova situação;
  • Reportar quando um processo não é mais utilizado;
  • Reportar quando um processo definido não é entendido ou possui mais interpretações;
  • Reportar quando uma equipe ou pessoa não segue o processo ou segue de forma incompleta.


A garantia da qualidade com um processo bem definido deve estar em todas as áreas, seja na análise, no desenvolvimento, nos testes, na documentação, etc.. Todos saem ganhando, mas em nenhum momento este processo garante a qualidade do produto.

Estamos lidando com pessoas, que são falhas. Além disso, um processo bem definido tende a gerar a burrocracia. No fim, para abrir uma simples tarefa de erro temos todo um processo a ser seguido. O simples se torna complexo. Quanto mais complexo o processo, mais suscetível a erros. Quando erros de processos são pegos, mais o processo é engeçado. Aí vemos uma bola de neve. Como solução, muitas empresas recorrem ao ágil. Claro, o ágil quer eliminar toda a burrocracia gerada até então. Cada item de processo dispensável é eliminado.

Chego a conclusão de que nós mesmos somos os culpados por engeçar o processo, por querer controlar cada pingo no "i" digitado, por desmotivar os colaboradores com processos absurdamente grandes que controlam situações que poderiam ser simples. Quero deixar claro que não sou contra controlar processos, mas todos devemos ter cuidado com o quanto controlar.

Até mais! :)