Mostrando postagens com marcador Cultura organizacional. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cultura organizacional. Mostrar todas as postagens

Chega de falar como um robô!

Na conferência "Technical Communications UK 2014" da Microsoft, foi abordado sobre o "tom" que é utilizado nas mensagens e no diálogo entre o computador (máquina) e o usuário (humano). Tema bastante interessante quando analisado a evolução que mensagens de erro de 3 anos atrás até agora (2016). Até pouco tempo atrás era comum lermos mensagens totalmente formais ao usar um computador, sistemas corporativos e até mesmo um celular. Qualquer pessoa que tivesse algum conhecimento em informática era tido como o "gênio" da família por conseguir decifrar mensagens técnicas. A utilização crescente de smartphones dos mais diversos públicos e a facilidade de criar aplicações, que batem de frente com grandes corporações, fizeram com que o "tom" das mensagens mudasse e estes textos passassem a falar mais como uma pessoa.

Apesar da conferência ter acontecido a 2 anos, o assunto abordado continua atual e já explico o porquê. Num dado momento da conferência, foi defendida a ideia de que estas mensagens não deveriam falar como uma máquina, e sim como uma pessoa. As mensagens deveriam simular o diálogo entre dois seres humanos mesmo. Chega de falar como máquinas! Isto facilita o entendimento por usuários menos técnicos, faz com que um sistema não pareça tão intimidador para usuários que não estão acostumados.

Alguns exemplos:
A atualização do Windows 10, liberada de forma gratuita em 29/07/2015. A mensagem que exibe na atualização "Estamos preparando as coisas para você" já possui um "tom" de "conversa" diferente do que estamos acostumados (ao menos em produtos da Microsoft).

O Google possui uns exemplos legais disso:
O Gmail usa a frase "Oba! Nenhum spam" se a caixa de spam está vazia.
Ao tentar desinstalar o Google Chrome, ao invés de apenas perguntar se o usuário tem certeza que quer remover o aplicativo, ele costumava dizer "Tem certeza que quer desinstalar? Foi algo que dissemos?". 
Se alguma página não é encontrada no site do Google, a mensagem em inglês da página não encontrada fala "404 (isto é um erro). A URL requisitada não foi encontrada nos nossos servidores. Isso é tudo que sabemos.".

O repositório de código, GitHub, também tem um exemplo bacana pro erro 404:
This is not the web page you are looking for. Find code, projects, and people on GitHub.
Tradução livre: Esta não é a página da web que você está procurando. Encontre código, projetos e pessoas no GitHub.

Print da Autora



















E no ambiente corporativo?
Percebo que essas mensagens estão deixando de ser o padrão para usuários enquanto pessoa física, entrando para o meio corporativo. Vejo cada vez mais sistemas corporativos nacionais migrando para mensagens e documentações em "tom" amigável. Finalmente o meio corporativo começa a dar mais atenção à experiência de usuário.

As empresas nacionais de software parecem esquecer que seus clientes possuem usuários de várias gerações: Baby Boomer, X, Y e Z. É necessário escrever mensagens entendíveis por todos os públicos, para a geração Z a experiência de usuário conta muito! 

Vocês não sabem o quanto eu, enquanto testadora, estou feliz com essa mudança de cultura corporativa!

Até mais. :D

O ano dos 5 Cs - vulgo 4 Cs


Se você é um pouco interessado no mundo dos negócios, sabe que este ano será difícil como 2015


também foi. Se os próprios empresários dizem isso, quem é um mero trabalhador para contradizer, certo? Certo, só olhar os preços no mercado pra ver que o salário está cada vez mais curto a cada compra mensal.

Pra driblar a crise, os executivos estão comentando em 5 Cs: controle de custos, cultura, compliance e criatividade. Sinceramente eu acho "controle de custos" como sendo 1 "C" só, mas OK. Vamos Aos "C"s:

O controle de custos todo mundo vê: as embalagens dos produtos mudam, as capas das revistas ficam mais vagabundas, a quantidade de salgadinho num pacote diminui, o peso da barra de chocolate diminui mas não o preço, a quantidade de cópias na impressora passa a ter um limite semanal, etc..

A cultura organizacional diz respeito a um dos motivos que fazem a empresa diferente das demais. São os valores, crenças e rituais que uma organização específica tem. Olhando assim parece algo abstrato como "a imagem que a empresa quer passar para o mercado", mas é muito mais que isso. Eu amo esse ponto de visto perante os olhos de um colaborador, pois cria uma diferenciação que faz com que aquele colaborador goste de trabalhar numa certa organização. Exemplo: empresas de TI que comemoram o dia da toalha com eventos diferentes, empresas de produtos infantis que comemoram o dia das crianças com o trabalho com fantasias, etc.. As vezes chega a parecer até uma causa social de tão bem ambientada que essa cultura está, mas esta é uma discussão pra outra hora.

O termo compliance, para que não sabe, tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra. Parece contraditório possuir cultura organizacional, compliance e criatividade juntos. Se você teve esse sentimento de contradição é por que sua visão de "seguir uma regra" te remete à amarras e leis que te prendem e não à liberdade de criatividade dentro de muros pré estabelecidos que não te sufocam. São regras sim, mas que não sufocam.

Agora, falar em criatividade até é engraçado. Quem aqui não conhece uma empresa que possui um programa de ideias que é a maior furada? O felizardo que não conhece, um dia conhecerá. ;) A ideia principal é a mesma em praticamente todas as organizações: mostrar uma ideia de melhoria de um produto ou uma ideia de novos produtos/nichos de mercado em troca de algum prêmio (na maior parte das vezes). O fato é que algumas empresas modificam a ideia e as tornam suas. Sem ideia, sem prêmio.
Claro que o cenário contrário existe. Numa entrevista pra revista Pequenas Empresas Grandes Negócios de Dezembro de 2015, o empresário Nizan Guanaes falou muito sobre a criatividade, mas ele focou muito em novos nichos numa crise. O que faz todo o sentido. A pessoa que encontra um nicho de mercado numa época de crise é criativa. Um exemplo? Agronegócio! Quantas empresas referências em agronegócio você conhece? Possivelmente nem ouviu falar que o cara do campo que trabalha com grãos, pecuária e afins precisa de sistema. É aí que entra o nicho em época de crise/redução de custos e perdas. Eu posso dizer que sou feliz em trabalhar num local que percebeu esse nicho a pouco mais de 1,5 anos antes dessa entrevista pra revista mencionada acima. Após muitas feiras de agro já conquistamos vários clientes grandes, então pude ver que isso está fazendo toda a diferença toda a vez que vejo os números do faturamento. Quem só percebeu isso agora está tentando correr atrás do prejuíso. Ainda dá tempo, mas a quantidade de Startups sendo criadas pra facilitar a vida de quem trabalha com agro é tão grande, que logo me vem a mente uma boiada imensa passando por uma porteira pequena correndo em direção à liberdade (no caso das Startups, correndo na direção do cliente).

Até o próximo post. :)