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A importância do UX Writer e do conteúdo voltado ao usuário

Olá Pessoal

Hoje li um artigo muuuuuito interessante da Mercedes Sanchez: "Sua Majestade, o conteúdo, e seu fiel escudeiro, o UX Writer". Nesse artigo ela trata da importância que o conteúdo volta a ter nas empresas de tecnologia. Na recente conferência anual do Google para desenvolvedores, o Google I/O 2017, a estratégia de conteúdo ocupou um espaço importante dentro do evento de tecnologia: entre os 3 palestrantes, dois são UX Writers, cargo que já existe em outras empresas de tecnologia além do Google. Os anúncios para essa vaga também começaram a aparecer em diferentes países (nenhum no Brasil).

Olha que interessante a descrição da vaga no Google: 
"Como UX Writer você fará parte do time de Design, vai trabalhar para melhorar a experiências com os produtos através da criação de textos que tenham significado e que seja úteis para os usuários completarem as tarefas que precisam executar. Você vai ajudar a estabelecer uma visão para o conteúdo e a direcionar narrativas coesas nas múltiplas plataformas e pontos de contato"

Segundo a Mercedes, o UX Writer, que em Português seria algo como Redator de UX, é um profissional que trabalha junto aos designers, na hora de definir a hierarquia das informações numa página, por exemplo, e também junto aos pesquisadores de UX para descobrir quais as palavras e termos que funcionam melhor para os usuários. Quando o site ou aplicativo fala a língua dos usuários, eles conseguem fazer o que precisam com mais rapidez e eficiência. Ao oferecer o que os usuários necessitam, a empresa constrói através da linguagem uma relação de confiança e fidelidade com eles.

3 boas práticas para Redação de UX

1. Clareza

Seja claro, trabalhe com palavras e termos que o usuário utiliza, que são familiares para ele. Não use termos e palavras que são do sistema ou do linguajar dos técnicos.
A mensagem para o usuário deve dizer o que deu errado numa linguagem que ele entenda.

2. Concisão

Escrever de forma concisa é mais do que escrever pouco, é escrever com foco na eficiência. Retire palavras que não são necessárias e coloque em primeiro plano o que é de fato relevante para o usuário. Lembre-se que o usuário lê pouco, ele escaneia, então coloque primeiro o que é mais importante para ele.
Se não é necessário colocar um título na mensagem, não se deve colocar só porque tem um espaço para ela.

3. Utilidade

Se o seu texto deve ajudar o usuário a fazer o que ele precisa, então você deve pensar nas ações que ele vai querer executar para alcançar seu objetivo e usar as palavras certas para ele dar o próximo passo com segurança.
O “OK” não é útil! Você deve oferecer ações que ajudem o usuário a se recuperar do erro, isso é útil.

Tudo resolvido? Claro que não! Muitas vezes não é fácil aplicar essas boas práticas, porque elas acabam brigando entre si: para ser mais claro, às vezes é preciso escrever um texto um pouco mais longo. É assim mesmo, você vai ter que decidir o que é melhor para os seus usuários e buscar um equilíbrio com a linguagem e os princípios que norteiam a comunicação da empresa.

Por último, mas ainda longe de encerrar este tópico, o designer não deve ser o responsável por criar os textos da interface, porque essa não é uma habilidade principal desse profissional. Criar os melhores textos com foco no usuário é tarefa do redator, que deve trabalhar junto com o time de design e de pesquisa de UX, como o Google recomenda.

E depois de tantos anos vendo o conteúdo ser colocado em segundo plano em agências e em empresas que nem tinham (infelizmente algumas ainda não têm) um redator para seus sites, softwares e aplicativos, temos que agradecer ao Google. Mesmo que algumas guidelines mereçam uma revisão e uma discussão mais aprofundada, especialmente para países além dos EUA, quando o Google fala as pessoas ouvem. Por isso, obrigada Google por colocar o UX Writer em evidência e mostrar como esse profissional é fundamental para dar vida longa ao rei, o conteúdo.

Voltando agora para o mundo de testes... Gente, vocês não têm noção de quantas vezes eu pedi para um analista ou um desenvolvedor deixar as mensagens de erro mais amigáveis para um usuário leigo. Essa é uma constante briga que tem um efeito indireto, mas certeiro na experiência que um usuário possui.

Vejo que, aqui onde trabalho, os nossos UX e redatores estão fazendo um trabalho em conjunto muito bacana e as mensagens (não só de erro, mas qualquer mensagem para o usuário) estão ficando cada vez mais amistosa. Sou obrigada a reforçar o agradecimento que a Mercedes fez para o Google. A equipe de testes por vezes não possui forças para brigar por melhorias assim, por vezes consideradas "picuinhas", mas que são fundamentais para a experiência do usuário!

Até mais! 😀



Evento gratuito de Testes - QA Ninja Conference 2ª edição

Olá Pessoal

Quero compartilhar com vocês um evento de testes que vai acontecer entre os dias 24 a 28 de abril. É a 2ª edição do QA Ninja Conference, a primeira edição eu participei assistindo em outubro de 2016 e foi uma troca de experiências muito bacana. O evento é gratuito e totalmente online. Os assuntos abordados são bem interessantes, acho que vale a pena conferir. 😁

Seguem algumas das palestras que achei interessante (e pretendo ver):
  • 24/04: Fala sério, mulheres na TI?
  • 25/04: Testes em 2027: Para onde QA está indo?
  • 25/04: Como trabalhar com QA em times de desenvolvimento ágil
  • 25/04: Práticas do Agile Testing
  • 27/04: Você já fez dev box testing hoje?
  • 27/04: A importância de testes estáticos na entrega final do produto



Aproveitem, pois é gratuito e online. Ano passado teve várias conversas, entre uma palestra e outra, com pessoas que trabalham com testes fora do nosso Brasil. Muito bacana pra ver as tendências de fora.

Espero que gostem e até mais, 😃

Evento gratuito de Testes - QA Ninja Conference 2016

Olá meu povo testador!

Hoje começa um evento gratuito de testes de software, chamado QA Ninja Conference 2016. Esse evento terá transmissão ao vivo e gratuita, basta fazer sua inscrição AQUI. Ele ocorre durante essa semana, de 24/10/2016 a 28/10/2016 a partir das 19 hs.

Qual o melhor caminho para testar minha aplicação? 
Como evitar que mudanças causem transtornos e efeitos colaterais no meu software? 
Como técnicas automação de testes podem tornar meu trabalho mais produtivo?
Pensando nisso foi criado um evento, totalmente on-line e gratuito, que vai te ajudar a encontrar respostas para essas perguntas, focado em Qualidade de Software.

http://www.qaninjaconference.com/

Público Alvo: QAs e DEVs com interesse em conhecer e aprender mais sobre Qualidade e Testes de Software.
Seu software testado: Conheça as melhores práticas e ferramentas para realizar variados tipos de testes nos seus projetos.
Testes ágeis: Entendendo tipos de testes sob a perspectiva do desenvolvedor e do usuário final.

Link do evento: http://www.qaninjaconference.com/ Os videos do evento ficarão gravados no Youtube e estão disponíveis nesse link também.

Aproveite! Também comente se você viu o evento e o que achou. :D

Chega de falar como um robô!

Na conferência "Technical Communications UK 2014" da Microsoft, foi abordado sobre o "tom" que é utilizado nas mensagens e no diálogo entre o computador (máquina) e o usuário (humano). Tema bastante interessante quando analisado a evolução que mensagens de erro de 3 anos atrás até agora (2016). Até pouco tempo atrás era comum lermos mensagens totalmente formais ao usar um computador, sistemas corporativos e até mesmo um celular. Qualquer pessoa que tivesse algum conhecimento em informática era tido como o "gênio" da família por conseguir decifrar mensagens técnicas. A utilização crescente de smartphones dos mais diversos públicos e a facilidade de criar aplicações, que batem de frente com grandes corporações, fizeram com que o "tom" das mensagens mudasse e estes textos passassem a falar mais como uma pessoa.

Apesar da conferência ter acontecido a 2 anos, o assunto abordado continua atual e já explico o porquê. Num dado momento da conferência, foi defendida a ideia de que estas mensagens não deveriam falar como uma máquina, e sim como uma pessoa. As mensagens deveriam simular o diálogo entre dois seres humanos mesmo. Chega de falar como máquinas! Isto facilita o entendimento por usuários menos técnicos, faz com que um sistema não pareça tão intimidador para usuários que não estão acostumados.

Alguns exemplos:
A atualização do Windows 10, liberada de forma gratuita em 29/07/2015. A mensagem que exibe na atualização "Estamos preparando as coisas para você" já possui um "tom" de "conversa" diferente do que estamos acostumados (ao menos em produtos da Microsoft).

O Google possui uns exemplos legais disso:
O Gmail usa a frase "Oba! Nenhum spam" se a caixa de spam está vazia.
Ao tentar desinstalar o Google Chrome, ao invés de apenas perguntar se o usuário tem certeza que quer remover o aplicativo, ele costumava dizer "Tem certeza que quer desinstalar? Foi algo que dissemos?". 
Se alguma página não é encontrada no site do Google, a mensagem em inglês da página não encontrada fala "404 (isto é um erro). A URL requisitada não foi encontrada nos nossos servidores. Isso é tudo que sabemos.".

O repositório de código, GitHub, também tem um exemplo bacana pro erro 404:
This is not the web page you are looking for. Find code, projects, and people on GitHub.
Tradução livre: Esta não é a página da web que você está procurando. Encontre código, projetos e pessoas no GitHub.

Print da Autora



















E no ambiente corporativo?
Percebo que essas mensagens estão deixando de ser o padrão para usuários enquanto pessoa física, entrando para o meio corporativo. Vejo cada vez mais sistemas corporativos nacionais migrando para mensagens e documentações em "tom" amigável. Finalmente o meio corporativo começa a dar mais atenção à experiência de usuário.

As empresas nacionais de software parecem esquecer que seus clientes possuem usuários de várias gerações: Baby Boomer, X, Y e Z. É necessário escrever mensagens entendíveis por todos os públicos, para a geração Z a experiência de usuário conta muito! 

Vocês não sabem o quanto eu, enquanto testadora, estou feliz com essa mudança de cultura corporativa!

Até mais. :D