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O ano dos 5 Cs - vulgo 4 Cs


Se você é um pouco interessado no mundo dos negócios, sabe que este ano será difícil como 2015


também foi. Se os próprios empresários dizem isso, quem é um mero trabalhador para contradizer, certo? Certo, só olhar os preços no mercado pra ver que o salário está cada vez mais curto a cada compra mensal.

Pra driblar a crise, os executivos estão comentando em 5 Cs: controle de custos, cultura, compliance e criatividade. Sinceramente eu acho "controle de custos" como sendo 1 "C" só, mas OK. Vamos Aos "C"s:

O controle de custos todo mundo vê: as embalagens dos produtos mudam, as capas das revistas ficam mais vagabundas, a quantidade de salgadinho num pacote diminui, o peso da barra de chocolate diminui mas não o preço, a quantidade de cópias na impressora passa a ter um limite semanal, etc..

A cultura organizacional diz respeito a um dos motivos que fazem a empresa diferente das demais. São os valores, crenças e rituais que uma organização específica tem. Olhando assim parece algo abstrato como "a imagem que a empresa quer passar para o mercado", mas é muito mais que isso. Eu amo esse ponto de visto perante os olhos de um colaborador, pois cria uma diferenciação que faz com que aquele colaborador goste de trabalhar numa certa organização. Exemplo: empresas de TI que comemoram o dia da toalha com eventos diferentes, empresas de produtos infantis que comemoram o dia das crianças com o trabalho com fantasias, etc.. As vezes chega a parecer até uma causa social de tão bem ambientada que essa cultura está, mas esta é uma discussão pra outra hora.

O termo compliance, para que não sabe, tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra. Parece contraditório possuir cultura organizacional, compliance e criatividade juntos. Se você teve esse sentimento de contradição é por que sua visão de "seguir uma regra" te remete à amarras e leis que te prendem e não à liberdade de criatividade dentro de muros pré estabelecidos que não te sufocam. São regras sim, mas que não sufocam.

Agora, falar em criatividade até é engraçado. Quem aqui não conhece uma empresa que possui um programa de ideias que é a maior furada? O felizardo que não conhece, um dia conhecerá. ;) A ideia principal é a mesma em praticamente todas as organizações: mostrar uma ideia de melhoria de um produto ou uma ideia de novos produtos/nichos de mercado em troca de algum prêmio (na maior parte das vezes). O fato é que algumas empresas modificam a ideia e as tornam suas. Sem ideia, sem prêmio.
Claro que o cenário contrário existe. Numa entrevista pra revista Pequenas Empresas Grandes Negócios de Dezembro de 2015, o empresário Nizan Guanaes falou muito sobre a criatividade, mas ele focou muito em novos nichos numa crise. O que faz todo o sentido. A pessoa que encontra um nicho de mercado numa época de crise é criativa. Um exemplo? Agronegócio! Quantas empresas referências em agronegócio você conhece? Possivelmente nem ouviu falar que o cara do campo que trabalha com grãos, pecuária e afins precisa de sistema. É aí que entra o nicho em época de crise/redução de custos e perdas. Eu posso dizer que sou feliz em trabalhar num local que percebeu esse nicho a pouco mais de 1,5 anos antes dessa entrevista pra revista mencionada acima. Após muitas feiras de agro já conquistamos vários clientes grandes, então pude ver que isso está fazendo toda a diferença toda a vez que vejo os números do faturamento. Quem só percebeu isso agora está tentando correr atrás do prejuíso. Ainda dá tempo, mas a quantidade de Startups sendo criadas pra facilitar a vida de quem trabalha com agro é tão grande, que logo me vem a mente uma boiada imensa passando por uma porteira pequena correndo em direção à liberdade (no caso das Startups, correndo na direção do cliente).

Até o próximo post. :)