Se você trabalha com riscos de segurança da informação,
possivelmente já se deparou com aquele responsável solicitando postergação do
prazo do plano de ação para mitigar riscos. E muito possivelmente já viu o
prazo de mitigação de algum risco ser postergado bem mais de 3 vezes.
Aí, chega-se a uma incógnita: Como definir critérios para
liberar prazos de postergação de riscos?
Frameworks sobre riscos de segurança da informação
Existem diversos frameworks que nos ajudam a definir e
estabelecer um programa de riscos de segurança da informação, porém o NIST
(National Institute of Standards and Technology) e a ISO 27005 não
especificamente listam critérios para postergar prazos de riscos. Essas são
referências amplas que fornecem diretrizes e frameworks para gerenciamento de
riscos e segurança da informação, mas não abordam diretamente a questão da
postergação de prazos.
O NIST, por exemplo, possui diversas publicações
relacionadas ao gerenciamento de riscos, como o "NIST Special Publication
800-30: Guide for Conducting Risk Assessments", que aborda os princípios e
processos envolvidos na avaliação e gerenciamento de riscos de segurança da
informação.
Da mesma forma, a ISO 27005 estabelece diretrizes para o
gerenciamento de riscos de segurança da informação com base no processo de
avaliação de riscos. Ela fornece orientações sobre a identificação, análise e
avaliação de riscos, bem como a seleção de medidas de tratamento adequadas.
O NIST, por exemplo, possui diversas publicações
relacionadas ao gerenciamento de riscos, como o "NIST Special Publication
800-30: Guide for Conducting Risk Assessments", que aborda os princípios e
processos envolvidos na avaliação e gerenciamento de riscos de segurança da
informação.
Da mesma forma, a ISO 27005 estabelece diretrizes para o
gerenciamento de riscos de segurança da informação com base no processo de
avaliação de riscos. Ela fornece orientações sobre a identificação, análise e
avaliação de riscos, bem como a seleção de medidas de tratamento adequadas.
Embora essas referências sejam valiosas para o contexto mais
amplo do gerenciamento de riscos de segurança da informação, a especificidade
de critérios para postergar prazos de riscos pode variar dependendo do setor,
da organização e das práticas específicas adotadas.
Normalmente é recomendado consultar as diretrizes internas
da organização em questão para obter critérios mais específicos relacionados à
postergação de prazos de riscos.
Mas, e se você é a pessoa que precisa definir critérios para
permitir postergar prazos dos planos de ações de riscos que mitiguem o risco em
questão?
Definindo critérios para postergar o prazo do risco
Alguns critérios podemos sugerir (baseados em nossa experiência
com o processo de gestão de riscos de segurança da informação) que podem ser
considerados ao liberar postergações de risco:
1- Probabilidade de ocorrência: Avalie a probabilidade
de o risco ocorrer. Se a probabilidade for alta ou crítica, pode ser necessário
tomar medidas adicionais para mitigar o risco antes de considerar uma
postergação.
2- Impacto potencial: Analise o impacto que o risco pode
ter no projeto ou nas partes interessadas envolvidas dos referidos ativos. Se o
impacto for significativo e puder ser evitado ou minimizado por meio de uma
postergação, isso pode ser um argumento a favor da liberação.
3- Viabilidade da postergação: Verifique se é possível
adiar a atividade ou a decisão relacionada ao risco sem prejudicar o andamento
geral do projeto. Considere se a postergação é viável em termos de recursos,
cronograma e dependências do projeto.
4- Riscos alternativos: Considere se existem riscos
alternativos que possam surgir como resultado da postergação. Avalie se a
postergação realmente reduz o risco geral ou se pode introduzir novos riscos ou
complicações.
5- Opções de mitigação: Avalie se existem outras opções
de mitigação disponíveis para lidar com o risco, além da postergação. Considere
se existem medidas alternativas que possam ser implementadas para reduzir o
impacto do risco sem a necessidade de adiar atividades.
6- Análise de custo-benefício: Realize uma análise de
custo-benefício para determinar se os benefícios potenciais de postergar o
risco superam os custos e impactos associados à postergação. Considere os
custos adicionais, possíveis atrasos e implicações para outras partes do
projeto. Pediram postergação? Na justificativa peçam o custo que justifique a
postergação.
7- Consulta às partes interessadas: Envolver as partes
interessadas relevantes na decisão de liberar uma postergação de risco.
Considere as opiniões e preocupações das partes interessadas e busque um
consenso sobre a melhor abordagem a ser adotada.
8- Quantidade de vezes postergadas: O risco foi postergado por
mais de 3 vezes ao longo de 1 ano? Talvez o responsável do risco esteja só
jogando o risco com a barriga, ganhando tempo. Aqui talvez valha exigir um
termo de aceite do diretor responsável pelo ativo do risco para que a
postergação seja liberada.
A que conclusão chegamos sobre postergar prazos de
riscos?
Em nossa experiência com gestão de riscos de segurança da
informação, este item vira mais um entre tantos assuntos já encaminhados pelos
responsáveis, gestores ou diretores. Muitas vezes esta solicitação de
postergação é só uma justificativa para se ganhar mais tempo para solucionar,
ou mitigar, um problema.
É importante lembrar que a avaliação e a decisão de liberar
uma postergação de risco devem ser feitas caso a caso, levando em consideração
a natureza do projeto ou produto, os riscos envolvidos e o contexto específico
de cada empresa.
Post original em BitFindeis.